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2020年5月21日星期四

A tão citada poligamia Islâmica é uma solução para que mais mulheres se casem!

Um grande Sheikh (Líder Religioso Islâmico) foi questionado durante uma palestra nos Estados Unidos, quanto a Poligamia dentro do Islam. A senhorita que fez a pergunta classificou essa possibilidade de “SEXISTA”!
O Sheikh mansamente argumentou essa pergunta não faz parte do contexto da palestra, mas, mesmo assim vou respondê-la.

_____ Toda vez que algum americano (a) fala com um árabe ele pergunta você é da Arábia Saudita? Quantas esposas você tem? Um Sheikh recém chegado da Arábia respondeu, eu tenho apenas uma esposa, embora o Alcorão diz que eu posso me casar até com quatro esposas! Pois bem minha jovem você sabia que hoje nos EUA existem 7,8 milhões de mulheres a mais que os homens? Pois bem, isso significa que se todas as pessoas do sexo masculino casassem sobrariam 7,8 milhões de mulheres solteiras só aqui no seu país! Vamos piorar um pouco esses números. Todo mundo sabe, que por alguma razão nem todos os homens vão se casar (homossexuais, celibatários) ou até por uma convicção mesmo. Estima-se que só os homossexuais chegam a 25 milhões! Então seriam mais 25 milhões de mulheres que ficariam sem maridos!

Têm ainda os prisioneiros, 98% deles são do sexo masculino. Eu posso afirmar, seu problema está se multiplicando.

Então como a última das revelações divinas, o Islam tem que ter solução para todos os problemas, e a Poligamia é a solução para que mais mulheres possam constituir legitimamente um lar. Vocês estão rindo? Pois é, estão rido de vocês mesmas...

Diz Allah SW no Alcorão Sagrado “... podereis desposar duas, três ou quatro das que vos aprouver, entre as mulheres. Mas, se temerdes não poder ser equitativos para com elas, casai, então, com uma só.” (Alcorão 4:3). Mas também o Alcorão é o único dos livros sagrados que usa a expressão “Casa com uma só”.

O Islam é criticado por permitir a poligamia porque a cultura popular no Ocidente vê a poligamia como uma prática relativamente atrasada e empobrecedora. Para muitos cristãos, é uma licença para promiscuidade e feministas a consideram uma violação dos direitos das mulheres e humilhante para as mulheres. Um ponto crucial que precisa ser entendido é que para os muçulmanos os padrões de moralidade não são estabelecidos pelo pensamento ocidental predominante, mas por revelação divina. Deve-se ter em mente alguns fatos simples antes de falar de poligamia no Islam.

O Islam Não Iniciou a Poligamia

O Islam não introduziu a poligamia. Entre todas as nações orientais da antiguidade a poligamia era uma instituição reconhecida. Entre os hindus a poligamia prevaleceu desde os tempos antigos. Não havia, como entre os antigos babilônios, assírios e persas, restrição em relação ao número de esposas que um homem podia ter. Embora Grécia e Roma não fossem sociedades poligâmicas, a concubinagem era a norma[1]. O Islam regulou a poligamia ao limitar o número de esposas e trazer responsabilidade à sua prática. De fato, de acordo com David Murray, um antropólogo, historicamente a poligamia é mais comum que a monogamia.[2]

A Poligamia Praticada por alguns dos Profetas de Deus

Os grandes patriarcas hebreus igualmente reverenciados pelo Judaísmo, Cristianismo e Islam – Abraão, Moisés, Jacó, Davi e Salomão, para mencionar uns poucos –foram polígamos. De acordo com a Bíblia:

Abraão teve três esposas (Gênesis 16:1, 16:3, 25:1)

Moisés teve duas esposas ((Êxodo 2:21, 18:1-6; Números 12:1)

Jacó teve quatro esposas (Gênesis 29:23, 29:28, 30:4, 30:9)

Davi teve pelo menos 18 esposas (1 Samuel 18:27, 25:39-44; 2 Samuel 3:3, 3:4-5, 5:13, 12:7-8, 12:24, 16:21-23)

Salomão teve 700 esposas e 300 concubinas (1 Reis 11:3).[3]

O Alcorão limitou em quatro o número máximo de esposas. No início do Islã aqueles que tinham mais de quatro esposas na época de abraçar a religião tiveram que divorciar as esposas extras. O Islã também reformou a instituição da poligamia ao exigir tratamento igual para todas as esposas. Não é permitido ao muçulmano diferenciar entre suas esposas em relação ao sustento e despesas, tempo dedicado e outras obrigações dos maridos. O Islã não permite que um homem se case com outra mulher se não for justo em seu tratamento. O Profeta Muhammad proibiu a discriminação entre as esposas ou entre os filhos tidos com elas.

Além disso, o casamento e a poligamia no Islã são uma questão de consentimento mútuo. Ninguém pode forçar uma mulher a casar com um homem casado. O Islã simplesmente permite a poligamia, não a força e nem a exige. Uma mulher também pode estipular que o seu marido não se case com outra mulher em seu contrato pré-nupcial. O ponto que é frequentemente mal-compreendido no Ocidente é que as mulheres em outras culturas - especialmente a africana e a islâmica - não necessariamente vêem a poligamia como um sinal de degradação das mulheres. Consequentemente, igualar a poligamia com a degradação das mulheres é um julgamento etnocêntrico de outras sociedades.

Embora vejamos a clara permissibilidade da poligamia no Islã, sua prática real é muito rara nas sociedades muçulmanas. Alguns pesquisadores estimam que não mais de 2% dos homens casados praticam a poligamia. [4] As maiorias dos homens muçulmanos sentem que não podem arcar com as despesas de manter mais de uma família. Mesmo os que são financeiramente capazes de cuidar de famílias adicionais geralmente relutam devido ao peso psicológico de lidar com mais de uma esposa. Pode-se dizer com segurança que o número de casamentos poligâmicos no mundo muçulmano é muito menor que o número de casos extraconjugais no Ocidente[5]. Em outras palavras, contradizendo a noção predominante, os homens no mundo muçulmano hoje são mais estritamente monogâmicos que os homens no mundo ocidental.

FOOTNOTES: 
[1]“Os únicos povos importantes da antiguidade que mostraram poucos ou nenhum traço de poligamia foram os gregos e os romanos. Entretanto, a concubinagem, que pode ser considerada como uma forma superior de poligamia, ou pelo menos como mais próxima da monogamia pura, foi por muitos séculos reconhecida pelos costumes e mesmo pela legislação dessas duas nações.”The Catholic Encyclopedia (Enciclopédia Católica): http://www.newadvent.org/cathen/09693a.htm)
[2]Cheryl Wetzstein, “Traditionalists Fear Same-Sex Unions Legitimize Polygamy (Tradicionalistas Temem que Uniões do Mesmo Sexo Legitimizem a Poligamia,” The Washington Times, 13 de Dezembro de 2000.
[3]Para uma lista detalhada de figuras bíblicas que praticaram a poligamia, visite: (http://www.biblicalpolygamy.com/).
[4]Dr. Jumah al-Kholy, ‘Ta’addud al-Zawjaat wa Hikmatuhu fil Islam,’ (Casamentos Múltiplos no Islã & Sua Sabedoria), Journal of the Islamic University of Medina (Jornal da Universidade Islâmica de Medina), vol. 46, 222-231.
[5]A pesquisa mais recente e conclusiva sobre comportamento sexual mostra que 20% das mulheres e até 35% dos homens foram infiéis aos seus cônjuges em algum momento (Sex in Marriage (Sexo no Casamento), Little, Brown & Co., 1994, pág, 105). Outra pesquisa mostra que o adultério é comum entre cristãos e não cristãos. A revista Christianity Today (Cristianismo Hoje) pesquisou seus assinantes e 23% admitiu ter tido sexo extraconjugal. The Lutheran Church: Missouri Synod (Igreja Luterana: Sínodo de Missouri) (http://old.dcs.lcms.org/family/Content%5Cdoc_articles%5C409.doc)

Fonte: http://www.islamreligion.com/pt/articles/325/introducao-a-poligamia-no-isla/

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