MUHAMMAD O MENSAGEIRO DE DEUS 1ª PARTE - Chinese Muslims

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2020年5月25日星期一

MUHAMMAD O MENSAGEIRO DE DEUS 1ª PARTE

Nos anais da história dos homens, não tem faltado aqueles que notadamente devotaram as suas vidas à reforma sócio-religiosa de seus povos, encontramo-los em todas as épocas e em todas as partes.

Na Índia, viveram os que transmitiram ao mundo os Vedas, e também houve Gautama Buda; a China teve o seu Confúcio; Zoroastro deixou o Zend Avesta, no Irã, a Babilônia deu ao mundo um dos maiores reformadores, o Profeta Abraão (sem falar nos seus ancestrais), o povo Judeu também merece orgulhar-se de uma série de reformadores, como Moisés, Samuel, Davi, Salomão e Jesus entre outros.

Todos esse reformadores alegavam, ser portadores, cada um deles, de uma missão divina, deixaram livros sagrados, que incorporavam códigos de vida para orientação de seu povo.

Mas, a isto, sempre se seguiram guerras fratricidas, massacres e genocídios transformavam-se na ordem do dia, ocasionando, uns mais, outros menos, a perda quase total das suas mensagens.

Dos Livros de Abraão, restaram-nos somente os nomes; e quanto aos livros de Moisés, a história nos conta como foram repetidamente destruídos e só parcialmente restaurados.

O Conceito de Deus

A julgar pelas relíquias do passado, já trazido à luz, do conhecimento do ''homo sapiens'', descobrimos que o homem sempre esteve consciente da existência de um Ser Supremo, Senhor e Criador de tudo.

Os métodos e as abordagens podem Ter sido diferentes, mas todos os povos, de todas as épocas, deixaram provas das suas tentativas de obedecer a Deus, a comunicação com o Onipresente, porém invisível Deus, também foi reconhecida como possível, por uma reduzida porção de homens e por alguns espíritos nobres e exaltados.

Se essa comunicação assumia a forma de encarnação da Divindade, ou consistia, simplesmente, na resolução de um meio receptor das mensagens divinas, através da inspiração ou da revelação, o propósito sempre foi o de servir de orientação para o povo, era mais do que natural que certas interpretações e explicações viessem a se provar mais importantes e convincentes do que outras.

No final do 5º século, após o nascimento de Jesus, os homens já haviam alcançado grandes progressos, em diversos campos da vida, nessa época, algumas religiões, que apregoavam abertamente que se destinavam apenas a determinadas raças e grupos de homens, está claro que não ofereciam remédio para os males da humanidade em geral.

Havia, também, algumas, que proclamavam a universalidade, mas declaravam que a salvação do homem, residia na renúncia ao mundo, estas eram religiões para a elite, e atendiam a um número limitado de homens.

Não precisamos falar das regiões onde inexistia qualquer religião, onde o ateísmo e o materialismo reinavam absolutos, onde o pensamento se ocupava exclusivamente com os próprios prazeres, sem qualquer ressalva ou consideração pelos direitos alheios.

O exame do mapa do maior hemisfério, nos mostra a Península Arábica, situada no ponto de confluência dos três grandes continentes; Asia, África e a Europa, nesse período, esse extenso subcontinente arábico, composto, principalmente, Por regiões desérticas, era habitado por povos sedentários, tanto quanto por nômades.

Não raro, membros da mesma tribo dividiam-se entre ambos os modos de vida, e preservavam o seu relacionamento, apesar de seguirem tais caminhos diferentes, os meios de subsistência, na Arábia, eram escassos, o deserto oferecia inúmeras desvantagens, fazendo com que as caravanas comerciais tivessem uma importância maior do que a agricultura e a indústria.

Isto implicava em viagens constantes, fazendo com que homens ultrapassassem a península, para adentra a Síria, Egito, Abissínia, Iraque, Índia e outras terras.

Pouco sabemos a respeito dos Lihyanitas da Arábia Central, mas o Iêmen era justificadamente conhecido como Arábia Felix, tendo outrora sido a sede das civilizações florescente de Sabá e de Ma'in, antes mesmo da fundação de Roma, e tendo, posteriormente, conquistado algumas províncias de Bizâncio e dos persas, o grande Iêmen, que havia passado pelos melhores dias da sua existência, encontrava-se, nessa altura, repartido em inúmeros principados, e em parte até ocupado Por invasores estrangeiros.

Os Sassânidas do Irã, que haviam penetrado no Iêmen, já tinham se apossado da Arábia Oriental, na capital Madaín (Ctesiphone), reinava o caos sócio-político, que se refletia nos demais territórios, a Arábia do Norte havia sucumbido sob a influência Bizantina, e enfretava os seus problemas, somente a Arábia Central permanecia imune aos efeitos desmoralizantes da ocupação estrangeira.

Nesta área limitada, a existência do triângulo; Makkah, Ta'if, Madina, parecia algo providencial, Makkah desértica, carente de água e dos benefícios da agricultura, representava por suas características físicas, a África e o escaldante deserto.

A uns meros oitenta quilômetros de distância, Ta'if; apresentava um retrato da Europa, com suas geadas, Madina; situada mais ao norte, não era menos fértil do que os países mais temperados, como a Síria, se é que o clima exercia alguma influência na natureza do caráter humano, este triângulo, situado no centro do maior hemisfério, era, mais do que qualquer outra região da terra, uma reprodução miniaturizada do mundo todo.

E foi aí que nasceu um descendente de Abraão da Babilônia e da egípcia Hagar, Muhammad, o Profeta do Islam, natural de Makkah por nascimento, mas relacionado consanguinamente, tanto a Madina como a Ta'if.

A Religião

Do ponto de vista religioso, a Arábia era idólatra, somente uns poucos indivíduos haviam abraçado religiões como o cristianismo, o masdeísmo, entre outras, os nativos de Makkah possuíam uma noção do Deus Único, porém acreditavam, também, que os ídolos tinham poder de interceder junto a Deus.

Curiosamente, eles acreditavam na ressurreição e na outra vida, haviam preservado o ritual da peregrinação ao Deus Único, à Kaaba, um costume instituído por inspiração divina ao seu ancestral Abraão; entretanto, os dois mil anos que os separava, do tempo de Abraão haviam degenerado essa peregrinação, transformando-a num espetáculo de feira comercial e numa oportunidade para a idolatria insensata, o que, longe de produzir qualquer bem, servia tão somente para corromper o seu comportamento individual, tanto no contexto social, como no espiritual.

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