É uma reivindicação Islamofóbica muito comum de que a frase “Allahu Akbar” é o “grito de guerra muçulmano.” Essas baseiam essa afirmação no fato de que muitos extremistas muçulmanos gritam “Allahu Akbar” antes de seus atos de barbárie. Na verdade, isso acontece de fato. No entanto, nada poderia estar mais longe da verdade.
Em primeiro lugar, a frase “Allahu Akbar” significa “Deus é o Maior.”(Não existe nada comparável a Ele) Essa frase não era o grito islâmico de guerra no tempo do Profeta Muhammad ﷺ, embora seja quase certo que muitos muçulmanos tenham usado a frase dessa maneira. De fato, em muitos dos protestos da Primavera Árabe, os manifestantes desarmados, pacíficos, gritaram muito a frase “Allahu Akbar”, ao serem baleados por forças de seguranças.
“Allahu Akbar” é apenas uma frase; é um modo de vida. Isso significa que Deus é maior do que qualquer outra coisa na Terra, seja a opressão de um tirano cruel matando seu próprio povo ou maior que seus próprios caprichos e tentações.
Antes do muçulmano entrar na oração, ele deve proferir “Allahu Akbar” em voz alta. Uma vez que ele faz isso, ele entra na Presença Divina. Isso porque, naquele momento, ele deixa o mundo inteiro para trás, a fim de oferecer a oração ritual. Assim, “Deus é o Maior”. No curso de um dia, os muçulmanos vão pronunciar essa palavra, “Allahu Akbar”, pelo menos dezessete vezes, uma para cada ciclo de oração ritual. No entanto, existem muitos muçulmanos que proferem com suas bocas “Deus é o Maior”, e suas ações desmentem essas palavras sagradas.
Pegue por exemplo os extremistas bárbaros que matam em nome de Deus. Se eles gritam “Deus é o Maior” em comemoração à um ataque que mata seres humanos inocentes, eles se encontram em sua pior forma. Seu ato de assassinato declara precisamente que Deus não é maior que eles. Pois, se Deus fosse realmente o maior, eles não prejudicariam qualquer vida inocente. Se um comerciante muçulmano reza cinco vezes por dia e profere “Allahu Akbar” dezessete vezes, mas engana seus clientes, então Deus não é verdadeiramente o maior para esse comerciante. Se um cidadão muçulmano sonega, por exemplo, sua declaração de imposto de renda, então Deus não é verdadeiramente o maior para esse cidadão.
De fato, os atos rituais de adoração são conectados diretamente ao caráter do crente. Leia este relato Profético (relatado na compilação Muslim):
O Mensageiro de Deus ﷺ perguntou: “Você sabe quem são os falidos?” Eles disseram: “Alguém sem dinheiro ou bens está falido.” Assim, o Profeta ﷺ disse: “Os falidos são os da minha nação que vêm no Dia da Ressurreição com a oração, jejum e caridade, mas vêm também com um insulto, difamação, consumo de riquezas, derramamento de sangue e agressão a outros. Cada um deles receberão a partir de suas boas ações; se suas boas ações acabarem antes das suas más ações serem liquidadas, suas más ações serão lançadas sobre eles, então eles serão jogados no fogo do inferno.”
Todas essas boas obras, feitas em gratidão a Deus pelo seu eterno e infinito amor por nós, não vai significar nada no Dia do Juízo, se não forem acompanhadas de um bom caráter. Pois, se Deus for realmente o maior a alguém, então ele não tratará as criações de Deus – a humanidade, os animais e o mundo natural – com desprezo e brutalidade.
Pode ser difícil às vezes fazer a coisa certa. No entanto, esse é o verdadeiro significado da Jihad: a luta para superar as nossas próprias tentações e caprichos, a fim de fazer o que Deus quer de nós. Mas fazemos isso precisamente porque “Allahu Akbar”: Deus é o Maior, jamais gerou ou foi gerado e ninguém e nada é comparável a Ele.
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