Por: Sheikh Aminuddin Mohamad - 04.06.2012
No que diz respeito ao seu relacionamento com Deus, não existe, em absoluto, nenhuma diferença entre homem e mulher, pois a ambos foi prometida a mesma recompensa pela boa conduta, e o mesmo castigo para a má conduta.
O Al-Qur’án, quando se dirige aos crentes, geralmente utiliza a expressão “homens e mulheres crentes” para enfatizar a qualidade de homem e mulher no que respeita aos seus deveres, direitos, virtudes e méritos.
Consta no Al-Qur’án, Cap. 33, Vers. 35:
“Na verdade, os homens submissos e as mulheres submissas; os homens crentes e as mulheres crentes; os homens obedientes e as mulheres obedientes; os homens verdadeiros e as mulheres verdadeiras; os homens pacientes e as mulheres pacientes; os homens humildes e as mulheres humildes; os homens que dão esmola e as mulheres que dão esmola; os homens que jejuam e as mulheres que jejuam; os homens que resguardam as suas partes de vergonha e as mulheres que resguardam as suas partes de vergonha (contra atos sexuais ilícitos); os homens que se recordam constantemente de Deus e as mulheres que se recordam constantemente de Deus, para todos eles Deus preparou um perdão e uma enorme recompensa”.
Este versículo do Al-Qur’án contradiz claramente algumas correntes religiosas de outras confissões, que argumentam que as mulheres não possuem alma, e que no Outro Mundo elas existirão como seres assexuados.
O Livro Sagrado diz que as mulheres possuem alma, exatamente da mesma forma que os homens, e que entrarão no Paraíso como recompensa pela prática de boas ações.
Consta no Al-Qur’án, Cap. 43, Vers. 70:
“Entrai no Paraíso, alegremente, vós e vossas esposas”.
E diz, no Cap. 16, Vers. 97:
“Quem praticar o bem, seja homem ou mulher, e for crente, fá-lo-Emos viver uma vida feliz no Mundo, e certamente dar-lhe-Emos (na Outra Vida) a sua recompensa com o melhor daquilo que eles faziam”.
O Al-Qur’án adverte os homens que oprimem ou maltratam as mulheres. Consta no Cap. 4, Vers. 19:
“Ó crentes! Vós estais proibidos de tomar as mulheres (dos parentes) forçosamente como herança (contra sua vontade). E não as trateis com crueldade, com intenção de receberem de volta parte do (dote) que lhes destes, exceto no caso de elas terem comprovadamente cometido adultério. Pelo contrário, convivei com elas de boa maneira. Se as odiais por qualquer motivo, é possível que odieis algo em que Deus colocou um grande bem (para vós)”.
E diz ainda no Cap. 4, Vers. 1:
“Ó gente! Temei o vosso Senhor que vos criou (pela primeira vez) de um só ser (Adão), e deste criou a sua esposa (Eva), e depois dos dois seres (criou e) espalhou pela Terra muitos homens e mulheres. Temei a Deus em nome de Quem vós pedis uns aos outros (os vossos direitos) e respeitai também as relações uterinas. Na verdade, Deus está-vos a vigiar”.
Numa forma muito bela, o Al-Qur’án enfatiza a unidade essencial de homens e mulheres ao dizer no Cap. 2, Vers. 187:
“Elas (as vossas esposas) são vestuário para vós, e vós sois vestuário para elas”.
Assim como o vestuário esconde a nossa nudez, também o esposo e a esposas fazem o mesmo entre si, pois ao se casarem asseguram a castidade um do outro. O vestuário proporciona conforto ao corpo, da mesma forma que o marido encontra conforto junto à esposa, e esta também encontra conforto junto do seu homem. O vestuário é uma graça e beleza do corpo à semelhança das esposas em relação aos seus maridos, e vice-versa.
O Isslam não considera a mulher um “instrumento do Diabo”, pelo contrário, o Al-Qur’án chama-a por “Muh’sanah” (uma fortaleza contra Satanás) porque uma boa mulher, ao se casar com um homem, ajuda-o a manter-se no caminho da retidão na sua vida. Por isso, o Profeta Muhammad, S.A.W. encoraja o casamento e considera-o um ato muito virtuoso. Ele disse: “Quando o homem se casa, completa uma metade da sua religião”.
Consta no Al-Qur’án, Cap. 30, Vers. 21:
“E, de entre os Seus sinais está o de Ele ter criado para vós esposas, da vossa espécie, para encontrardes tranquilidade nelas. E Ele criou amor e compaixão entre vós. Realmente, em tudo isto há sinais para um povo que reflete”.
O Profeta elogiou as mulheres virtuosas ao dizer: “O Mundo e tudo o que nele existe é precioso, mas a coisa mais preciosa no Mundo é uma mulher virtuosa”.
Uma ocasião, dirigindo-se a Umar (R.T.A) disse: “Não queres que te informe sobre o melhor tesouro que o homem pode acumular? É a esposa virtuosa que lhe agrada sempre que olha para ela, e que se preserva a si própria quando ele está ausente”.
Numa outra ocasião o Profeta Muhammad S.A.W. disse: “A melhor riqueza que um homem pode ter, é uma língua que constantemente se recorda de Deus, um coração grato, e uma mulher crente que o ajude na preservação da sua fé”.
E disse também: “O Mundo inteiro é uma comodidade, e a melhor comodidade do Mundo é uma mulher virtuosa”.
Antes do ressurgimento do Isslam as pessoas tratavam mal as suas esposas. Tratavam-nas pior que aos animais. O Profeta S.A.W. proibiu todo o tipo de crueldade contra elas, ensinou a bondade para com elas e disse: “Temei a Deus no que respeita às mulheres” e “O melhor de entre vós é quem melhor trata a sua esposa”.
E recomendou que: “O crente não deve odiar a sua esposa, pois caso não esteja satisfeito com alguma má qualidade nela, deve procurar ficar satisfeito com alguma outra boa qualidade que ela possa ter”.
E disse: “Quanto mais bondoso e polido for o crente para com a sua esposa, mais perfeita será a sua fé”.
No Isslam a mulher é uma personalidade completamente independente. Ela pode celebrar contratos ou negócios em seu próprio nome, pode herdar como mãe, como esposa, como irmã, ou como filha, e goza de total liberdade na escolha de marido.
A mulher como mãe, está na dianteira na deferência que o Isslam lhe confere, ao ponto de o Profeta Muhammad, S.A.W. dizer que o Paraíso está debaixo dos pés da mãe, e que os direitos desta estão três vezes acima dos direitos do pai”.
A ideia predominante nos ensinamentos do Isslam relativamente à mulher e ao homem é de que os cônjuges devem ser parceiros fiéis um ao outro, fazendo da sua casa um local feliz, aprazível e próspero, devendo cuidar dos interesses um do outro, e também dos interesses dos filhos.
O Isslam tomou em conta a postura física do homem e da mulher, pelo que incumbiu ao homem os trabalhos mais pesados, e fê-lo responsável pela subsistência da família. À mulher, incumbiu a gestão da casa, a criação e os cuidados devidos aos filhos, algo que tem uma grande importância na edificação de uma sociedade próspera e saudável.
É um facto que uma boa administração dentro de casa é quase impossível sem uma política comum aos dois cônjuges, pelo que o Isslam defende que o homem, como chefe de família, em assuntos respeitantes à família deve consultar a sua esposa, abstendo-se de ser autoritário e de abusar da sua qualidade de homem para injuriar a sua companheira. Qualquer transgressão a este princípio incorre-se no risco de danos no que respeita aos favores de Deus, pois sua esposa não é sua subordinada mas sim a rainha da sua casa.
Contrariamente a estes belos ensinamentos e em nome de uma pretensa liberdade, vemos noutras culturas a exploração do corpo da mulher, privando-a da sua honra, e degradando a sua alma.
Ai então perguntamos? Se você conhece algum muçulmano que maltrata mulheres (mãe, esposa, filha, primas, cunhadas, vizinhas etc) a culpa é da religião islâmica ou do mau comportamento dessa criatura de Allah SW? Que Allah SW tenha piedade de nós, perdoe os nossos pecados e nos conduza a vida eterna. Amin... (Nota Hajj Hamzah Abdullah)
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